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Organizações que promovem o desenvolvimento | Instituto Arandu
Organizações que promovem o desenvolvimento
08 de outubro de 2025
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Arandu

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Organizações que promovem o desenvolvimento

O Brasil concluiu seu processo de industrialização no velho paradigma por volta do fim do século XX. Nesta época, os países que se industrializaram décadas antes já iniciavam uma nova dinâmica de desenvolvimento baseada em outro padrão de tecnologia que cumpriu o prometido revolucionando o mundo da produção e das relações sociais.

A inovação se torna protagonista de primeira grandeza na determinação dos investimentos, portanto, da taxa de crescimento da renda e do emprego. Os países que já faziam investimentos significativos em produção do conhecimento avançaram rapidamente na nova onda do desenvolvimento. Lamentavelmente, não era o caso brasileiro. Sua produção científica e tecnológica só começa os primeiros passos com as universidades instaladas a partir de meados do século passado. Da mesma forma, as políticas governamentais e suas organizações operadoras, decisivas neste campo em todo o mundo, começam os primeiros passos em 1951 com o CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – e CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -; em 1967 surgiu a FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos. No entanto, apenas a partir da Nova República que tivemos um Ministério dedicado ao tema que expandiu as fontes de financiamento e o sistema passou a ter dinheiro de verdade para enfrentar o enorme desafio dado pelo grande atraso.

Os cinquenta anos anteriores, embora de progresso lento, criaram as bases para um grande salto no século XXI, sem esquecer que ainda precisamos avançar com mais velocidade. Vários programas de desenvolvimento científico e tecnológicos surgiram e os resultados em termos de crescimento da produção científica e tecnológica apareceram.

No Espírito Santo, somente a partir de 2005 o tema entrou na pauta local, com a instalação da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia e da Fundação de Apoio a Ciência e Tecnologia e começa a ter a promoção de tais investimentos. Uma produção científica e tecnológica só aparece – em números estatisticamente relevantes – também neste século, com o crescimento da pós-graduação entre nós.

No plano nacional, dentre os vários programas lançados, vale destacar a implantação do INCT voltado para promover uma rede de grupos de pesquisa que atingem um grau relevante de maturidade de suas produções. Este programa criado em 2004, contava ao final de 2024 com 202 unidades, esperando-se o crescimento em 2025 com mais algumas que foram contempladas no último edital, cujo julgamento foi concluído em junho último. Uma delas será no ES, a primeira capixaba depois de 17 anos de existência do Programa.

No Brasil já temos cerca de 7 mil cientistas que participam deste programa nas mais variadas temáticas. Além disso, as pesquisas dos institutos colocaram o Brasil no centro do debate científico mundial sobre produção de alimentos, economia de baixo carbono e desenvolvimento sustentável. É neste universo que o grupo de pesquisa em Fotônica, pelo seu grau de excelência, conseguiu colocar a sua marca. O nosso INCT, nó coordenador de uma rede, usará a sigla IN-Foton e terá como linha norteadora a promoção da inovação nesta indústria estratégica para o Brasil, já que a maior parte do nosso mercado é abastecido por importações.

Esta conquista só foi possível por conta de anos de trabalho de um grupo de pesquisadores, o apoio institucional e financeiro do Governo Estadual, principalmente, via FAPES, a Mobilização Capixaba para Inovação e a UFES.

*Guilherme Henrique Pereira, professor da UFES, Diretor Executivo do Instituto Arandu; participa do Comitê Gestor do IN-Foton.

*Marcelo Vieira Segatto, Professor da UFES, Coordenador do IN-Foton.

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